sábado, 27 de novembro de 2010

A presença dos media nas redes sociais (actualizado a 27 de Novembro)

É uma pequena análise feita nos intervalos de outros afazeres. Mesmo assim, permite observar aspectos interessantes da presença dos media as redes sociais.

O quadro apresenta uma selecção de meios divididos por sectores.

Por curiosidade, decidi juntar também os números relativos aos três portais mais populares e outras marcas em áreas que me interessa acompanhar.

Os valores dos quadros "Facebook" e "Twitter" referem-se ao número de seguidores em cada rede social nas datas assinaladas.

Nas duas últimas colunas encontra-se a diferença entre os dois períodos expressa em número de seguidores e percentagem.

Pontos interessantes (alguns baseados nos números destes quadros outros em pura e simples observação/intuição):
  • É nítida e natural a maior penetração do Facebook.
  • Em Portugal, o Twitter não é tão mainstream como a rede social do senhor Zuckerberg e não se espera que alguma vez venha a ser. São ferramentas diferentes, com fins diferentes.
  • Nesta altura, não existe mais espaço para redes sociais na vida das pessoas. Após a ascensão e queda do Hi5 e da migração em massa de uma rede para a outra, o panorama  parecer estabilizado. As únicas novidades que têm tido alguma receptividade são as redes sociais para nichos, com objectivos propositadamente limitados, que apontam para segmentos profissionais ou gostos muito específicos. O tempo que cada ser humano tem para as redes sociais é limitado e, nesta altura é dominado pelo Facebook e pouco mais.
  • Em alguns casos o Twitter parece ter falhado em responder á pergunta básica do consumidor: "para que serve isto?". Esse facto levou ao abandono de contas por parte de utilizadores. Uma parte considerável não regressará.
    • O ritmo de crescimento no número de seguidores é, portanto, mais elevado no Facebook do que no Twitter.

    Casos relevantes no mercado dos media tradicionais no mercado português:
    • O Público parece ser a marca de informação com maior potencial para triunfar online.
    • O Expresso segue a linha do grupo a que pertence: "o online tal como está não interessa porque não produz receita". Esta linha estratégica tornou-se ainda mais evidente na rapidez com que a Impresa apresentou aplicações para o iPad e numa capa recente da Visão de que traduz o pensamento oficial dentro do grupo: "Vem Aí o Fim da Net Grátis". Mais do que uma realidade é um desejo. O tempo dirá se têm razão.
    • No Facebook, a linha de resistência parece surgir entre os 30 mil e os 40 mil seguidores. É nesse nível que se concentra grande parte da media tradicional que tem feito o seu trabalho de casa. Quem se limitou a abrir uma conta e pouco mais já está a pagar o desleixo.
    • A MTV tem uma presença impressionante no Facebook. Já no Twitter é pouco expressiva.
    • Não se percebe a lógica por detrás das duas contas que a Visão tem no Twitter sem funções específicas visíveis.
    • As rádios têm um impacto no Facebook que nem os canais de televisão conseguiram. Aliás, a rádio parece ter uma nova vida no online.
    • Registam-se algumas boas performances de programas de televisão no Facebook, nomeadamente o 5 Para a Meia-Noite, o Lado B ou o Curto-Circuito. Todos têm uma base de fãs bastante activa. 
    • Outras marcas que conseguiram criar valor no Facebook: uma vem do humor, o Inimigo Público e a outra do desporto, o Mais Futebol.
    • No Twitter o problema parece estar na barreira dos 10 mil seguidores. Só o Público, o Jornal de Notícias, a SIC e a RTP conseguiram ultrapassar esse número.
    • Em termos puramente numéricos, o Twitter continua a valer menos do que o Facebook. O impacto que tem nos utilizadores de redes sociais é muito menor.

    (se tiver dificuldade em ler os quadros clique nas imagem para abrir uma janela de maior dimensão)